sexta-feira, 2 de abril de 2010

Apenas carrego

Me vejo, na maioria do meu tempo, no automático. Um tipo de mecânica que exerce movimentos repetidos e pensamentos não tão criativos. Isso acaba me cansando, tomando de mim alguns motivos pelo qual faziam-me sentir bem. Posso me ver em um mundo preto no branco ou vice e versa, em que agora, eu nem mais consigo definir o que antes era tão fácil.
Bagunças no quarto, uma boa música no som alto e alguns momentos de lucidez. Conseguia sentir aos poucos o frescor de um mundo que eu sentia saudades, o meu. Arrumando um pouco das lições espalhadas e dos livros que ainda teria de ler, fui me reorganizando. Isso se tornou algo imprescindível.
O dia-a-dia já foi mais essencial, confesso. Meus sorrisos já foram mais largos e meus olhos mais puxados quando sorria para sonhos, que sem dúvida nenhuma, deixaram saudades. Saudades costuma ser derivada de passado, algo que conseguiu deixar marcado uma breve reticências. E que reticências bem pontuadas! Por fim, eu não consegui saber a tal complementação dessa história, de tal título ficou na memória de uma menina, que agora, caminha em direção ao lugar de uma mulher. Mas, por enquanto, me vejo num mundo preto no branco ou vice e versa, onde carrego no bolso um bom e saudoso sentimento. Ou, pode-se dizer, que são as teimosas reticências que pertubam as lembranças.